MyStory
My first contact with the word 'Endometriosis'
sexta-feira, abril 21, 2017
The first time I became aware of the existence of Endometriosis was not at the same time of my diagnosis, contrary to what happens with most of the carriers of this disease. It was between 2010 or 2011, in another day of classes at the University of Algarve, when my classmate Ana brought me a brochure that was available for distribution at the entrance of the college.
This piece of paper had a description of a list of symptoms of an illness that I'd never heard of, Endometriosis. Ana has been aware of my health problems and my complaints for a long time, and that is why she brought me that brochure. At that moment I didn't even dream that was a little information about one of the darkest phases of my life.
The concept of the disease that was described was very rudimentary, and the presented symptoms were very random, in very different places, with no apparent connection between them. But in a way, it caught my attention because my clinical picture fits into all of them.
But by that time, and I'll be honest, I briefly commented with my mother on the subject, but I easily forgot. Maybe because I didn't give it the right credit, even though I fit the profile. The doctors told me that everything was fine, and I simply believed. I've never heard of Endometriosis again and haven't even made any comments about it or researched it further. But that brochure marked somehow the beginning of this stage of my life. It was the first contact I had with the disease that torments me. By the time we began to suspect that there might be something else, I began to suspect that it could be this Endometriosis, which also helped with my diagnosis. I already knew what it was, thanks to the brochure Ana brought me. Thank you, Ana!
I thought it was important to share this information, which although it doesn't make sense to many people, it shows how the awareness of a disease so common but so little known can make a difference in a person's life. As such, I hope that with my words help other women to get closer to their diagnosis. It's never too late to find out what's going on in our bodies.
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A primeira vez que tive conhecimento da existência da Endometriose não foi no momento do meu diagnóstico, ao contrário do que acontece com a maior parte das portadoras desta doença. Foi algures entre 2010 ou 2011, em mais um dia de aulas na Universidade do Algarve, quando a minha colega Ana me trouxe uma brochura que estava disponível para distribuição à entrada da faculdade.
Esse pedaço de papel, tinha a descrição de uma lista de sintomas de uma doença, da qual nunca tinha ouvido falar, a Endometriose. Há muito que a Ana já tinha conhecimento dos meus problemas de saúde e das minhas queixas, e foi esse o motivo que a fez trazer a brochura para me entregar. Nesse momento nem sonhava que ali estava uma pequena informação sobre uma das fases mais negras da minha vida.
O conceito da doença que era descrito era muito rudimentar, e os sintomas apresentados eram muito aleatórios, em sítios muito distintos, sem aparente ligação entre eles. Mas de certa forma chamou-me à atenção, pois o meu quadro clínico encaixava-se em todos eles.
Porém por essa altura, e vou ser sincera, comentei brevemente com a minha mãe sobre o assunto, mas facilmente o esqueci. Talvez porque não lhe dei o devido crédito, apesar de me encaixar no perfil. Os médicos diziam-me que estava tudo bem, e eu simplesmente acreditei. Nunca mais ouvi falar da Endometriose e nem sequer fiz nenhum comentário sobre ela ou pesquisei mais a fundo. Mas aquela brochura marcou de certa forma o início desta etapa da minha vida. Foi o primeiro contacto que tive com a doença que me atormenta. No momento em que se começou a desconfiar que podia haver algo mais, eu comecei a desconfiar que podia ser essa Endometriose, o que também ajudou no diagnóstico. Eu já sabia do que se tratava, graças à brochura que a Ana me trouxe. Muito obrigada Ana!
Achei importante partilhar esta informação, que apesar não fazer sentido para muita gente, mostra como a divulgação de uma doença tão comum, mas tão pouco conhecida, pode fazer a diferença na vida de uma pessoa. Como tal, espero que com as minhas palavras ajude outras mulheres a chegarem mais perto do seu diagnóstico. Nunca é tarde para descobrir o que se passa no nosso corpo.
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